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Estudo confirma riscos da combinação
estrogênio/progestina na reposição hormonal

Este estudo, publicado em julho/2002 no Journal of the American Medical Association (JAMA), recebeu ampla cobertura da imprensa brasileira que, infelizmente, traduziu a palavra "progestin" como "progesterona"...

Na única vez em que o referido estudo menciona a palavra "progesterone" é para considerar que talvez a relação risco/benefício fosse diferente se a aplicação fosse feita via transdérmica, utilizando estradiol e progesterona, que seria a melhor maneira de imitar a fisiologia e o metabolismo normais dos hormônios sexuais endógenos (fabricados pelo próprio organismo), evidentemente referindo-se a progesterona natural e não a progestinas. Veja o que diz esse trecho: "It remains possible that transdermal estradiol with progesterone, which more closely mimics the normal physiology and metabolism of endogenous sex hormones, may provide a different risk-benefit profile."

Progestinas são substâncias sintéticas, cuja estrutura molecular é semelhante à da progesterona natural. Devido à essa similaridade, as progestinas são aceitas pelos receptores das células como se fossem progesterona. Por isso, elas causam efeitos progestogênicos. Mas também causam efeitos colaterais, como os relatados no estudo acima (câncer, doenças cardiocoronárias, etc), pois a mensagem que esses imitadores de hormônios naturais "escrevem" no DNA é diferente da mensagem esperada pelo núcleo da célula. A progestina citada no estudo é o acetato de medroxiprogesterona (C24H34O4), amplamente receitado pela maioria dos médicos na Terapia de Reposição Hormonal, em conjunto com os estrógenos citados no mesmo estudo.

Progesterona natural (C21H30O2) é a substância produzida pelo organismo humano (ou em laboratório, desde que tenha essa mesma fórmula). A progesterona natural não tem efeitos colaterais perigosos. Então por que a indústria farmacêutica não produz progesterona natural (que é benéfica e não tem efeitos colaterais perigosos), em vez das progestinas? A resposta é simples: Lucratividade. Por ser encontrada livremente na Natureza (como a água), a progesterona não pode ser patenteada. Mas uma molécula "parecida" com a da progesterona natural pode ser patenteada e vendida com excelente lucro. Lamentavelmente, muitos médicos (e agora também a mídia brasileira) acreditam que progestina e progesterona são a mesma coisa!

Este estudo publicado no respeitado JAMA foi projetado para durar 8 anos e meio e pesquisou 16.608 mulheres na menopausa e com úteros intactos, com idades entre 50 e 79 anos, e foram recrutadas por 40 centros clínicos dos EUA, entre 1993 e 1998. Porém, o estudo foi interrompido em 31 de maio de 2002, faltando ainda cerca de 3 anos para completar o prazo previsto. A razão dada para que o estudo fosse abreviado para 5 anos em vez de 8 foi "os riscos nesse período excederam os padrões previstos". Ou seja, tantos foram os casos de câncer e doenças coronárias/cardíacas, que acharam melhor parar antes que fosse tarde demais (e anunciar logo os resultados).

No estudo, foi registrado um excesso de doenças cardiocoronárias e câncer da mama, além de derrames, embolismo pulmonar, câncer do endométrio, câncer colo-retal, fraturas de bacia, e morte por outras causas.

Cada mulher recebeu 0,625 mg/dia de estrógenos eqüinos conjugados (Premarin®), mais 2,5 mg/dia de acetato de medroxiprogesterona (uma progestina), ou um placebo. 

Resumidamente, a conclusão do estudo foi de que os riscos da reposição hormonal com estrógenos modificados e progestinas (que imitam a progesterona natural) são maiores que os benefícios.

O estudo em si não traz nenhuma novidade, pois pesquisas anteriores já haviam chegado às mesmas conclusões (veja matéria semelhante neste site, clicando neste link: www.novatrh.net/trhstudy.html). O furor causado por este estudo talvez se deva à sua importância, considerando-se a sua metodologia (impecável), o tamanho da amostra e a longa duração.

Como se vê, o Dr. John Lee sempre teve razão ao alertar sobre os perigos dos hormônios modificados, ao mesmo tempo em que preconiza o uso da progesterona natural como remédio ideal para a maioria dos problemas relacionados com o desequilíbrio hormonal feminino.


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