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De onde vem a progesterona usada nos cremes? Um
Pouco de
História Então
o Dr. Marker concentrou-se numa planta
também abundante, rica em saponinas e de fácil cultivo -
o inhame mexicano (Dioscorea mexicana), irmão do nosso
cará
(também da família das Dioscoreáceas).
Passaram-se
então vários anos até que fosse
aperfeiçoado
o chamado Processo Marker de Degradação que, no
início
consistia de 37 etapas. O
pesquisador passou a produzir progesterona em
laboratório. Mais tarde, o método foi aprimorado, sendo
reduzido
para apenas 6 etapas, tornando-se economicamente viável.
Começou
aí a produção industrial de substâncias com
estrutura hormonal -- e a produção da pílula
anticoncepcional,
que se tornaria, até os dias atuais, uma verdadeira mina de
ouro. Décadas mais tarde, o governo mexicano resolveu dobrar o preço da matéria prima que suas fábricas forneciam. Logo em seguida, os japoneses já estavam a campo buscando matéria prima mais barata -- a soja. Então, abriram suas próprias fábricas, derrubando os preços mexicanos. De repente, o inhame mexicano já era -- agora hormônio se fazia a partir da soja.
A
diosgenina é uma substância cristalina,
esteroidal, que é a aglicona duma saponina encontrada em certos
tipos de tubérculos, usada industrialmente como matéria
prima
para síntese de hormônios e anticoncepcionais. A
fórmula da diosgenina é C27H42O3.
Portanto, não muito diferente da fórmula da progesterona
natural, C21H30O2.
Como se vê, basta acertar o número de átomos. A
propósito,
e para fins de comparação, a fórmula da
medroxiprogesterona
(a progestina, sintética, usada na terapia de
reposição
hormonal convencional e em pílulas anticoncepcionais) é C24H34O4.
Sim, a progesterona natural já foi produzida a partir do inhame mexicano, e também da soja. Hoje, ela é feita a partir do "cará japonês" (Dioscorea nipponica). Como se pode observar, a progesterona natural (e outros esteróides) é feita de acordo com "a planta da vez", ou seja, da planta que tiver maior disponibilidade no mercado e que for mais viável economicamente, desde que essa planta contenha bastante diosgenina, ou outra substância com estrutura molecular bem parecida com a estrutura da progesterona natural.
Porém, o que é chamado de "inhame" no norte do Brasil e em outros países (yam em inglês e ñame em espanhol), é o equivalente ao nosso cará (Dioscorea). O que nós chamamos de inhame é um planta da família das aráceas (Colocasia esculenta), e nada tem a ver diretamente com o "inhame" citado na literatura cibernética a respeito da produção de progesterona....
Conforme
foi mostrado acima, a técnica consiste
em transformar a molécula de alguma substância (como a
diosgenina)
encontrada numa planta, cuja estrutura seja semelhante, numa
molécula
idêntica à da progesterona natural. A propósito, poucos se dão conta que, no caso da progestina sintética (como o acetato de medroxiprogesterona usado no Farlutal®, por exemplo), não se trata de progesterona, muito menos natural, mas sim de um progestogênio, cujos malefícios à saúde da mulher estão hoje amplamente comprovados (ver mais detalhes aqui). Essas substâncias têm estrutura semelhante à da progesterona natural (e por isso são aceitas pelos receptores das células), mas foram quimicamente alteradas apenas para poderem ser patenteadas e comercializadas com marca própria -- em contraste, a progesterona natural não poderia ser patenteada, por tratar-se de substância já encontrável na natureza (ninguém poderia patentear a molécula de H2O, por exemplo, pois a água já existe livremente na natureza).
* A progesterona natural produzida fora
do nosso organismo precisa
passar sempre por um processo de síntese em laboratório
para
ter uma estrutura molecular idêntica à da progesterona
produzida
pelo corpo humano (bioidêntica). Atenção: Site
apenas informativo.
Consulte
sempre
seu médico.
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